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sábado, 8 de maio de 2010

Ei!


Ei! Triste e pequeno ser;
Infante, tão pouco amante,
Que tenta ir avante,
Mais forte que uma avalanche...

Ei! Triste e pequeno ser;
Que aqui choras,
Que com os olhos me devoras,
Que me parece estar aí há horas...

Ei! Triste e pequeno ser;
Imaginando-se o cavaleiro andante,
O senhor constante,
Talvez cavalgante...

Ei! Triste e pequeno ser;
O que me mandas?
E porque não andas?
Será que tu me sondas?

Ei! Triste e pequeno ser;
Eu estou aqui,
Mas tu não podes me ouvir,
E me resta então sorrir...

Ei! Desisto de chamar-te,
Tu não me da atenção oras,
Isto esta irritante,
Se tu brincas
A ti é que não vou servir...

E o excelentíssimo a chamar,
Sem saber o que ocorria,
Pensava que ele dormia,
E por lá ia parar...

Mas o que ninguém sabia,
É que este nem mais ouvia,
E nada sentia,
E tão pouco queria...

Amor – isto era exceção,
Solidão – a cicatriz de sua destruição,
A ferida da decadência profunda,
O fim desta existência imunda...
       

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