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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Anestesia

Dia-a-dia as pessoas andam
Correm, pensam e não agem,
Fogem sem saber
Sabem apenas fugir.
Dia-a-dia as pessoas riem à toa
Vivem à toa,
São à toa
E fazem tudo sem saber.
E anda pra lá e pra cá
Cegas no mundo
Surdas, sem sentir
Elas olham e não veem
Elas ouvem, mas descuram
Mas não sentem, elas vegetam.
Eu me mato de me matar
Eu me mato de pensar
Eu penso em me matar
Mas não adianta
E todos riem à toa enquanto eu fico parado
Balanço a cabeça e olho
Vejo a futilidade da vida de cada um
E eu vejo tudo, e eles viram o rosto...
E estão todos anestesiados
Tomados por uma droga que alucina,
Tomados por uma droga que age na mente,
Por uma sociedade que mente,
Que os deixa ausente.
E no final o louco sempre sou eu
Que não tomo o remédio,
Que não quero me anestesiar,
Que quero sentir a dor.
E todos vivem sem sentir,
E todos vivem numa vida artificial,
Eu prefiro sentir,
Prefiro não me drogar,
Eu prefiro ver, ouvir e sentir a vida por completo.
Eu quero ver o colorido e não o distorcido.
Mas acabo notando que é preto e branco...

02:09
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07/05/2010

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