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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Discurso do medo metafórico e literal - Introdução

Parto nesse escrito de um grande autor que viverá outrora, um dos maiores medievalistas de nossa história, George Duby, escritor esse que ao estudar um pouco da mentalidade medieval caracterizou algo interessante na mente do daquele povo, o medo.
George Duby como grande escritor que é, e grande representante da terceira fase Annales historiográfica embasa sua perspectiva de mentalidade baseada em Marc Bloc, que escrevera "Os Reis Taumaturgos" e assim então analisa a mentalidade medieval onde reinava-se um caos, um medo de morrer, um medo de viver, um medo de estar pelas ruas.
Minha perspectiva histórica é embasada principalente nos clássicos, e novamente buscando Durkheim e pegando o viés dos fatos sociais e o funcionalismo do mesmo, quero encontrar primeiramente o medo como um antecessor ou sucessor do desvio social que Durkheim chamaria de "anomia".
O que seria isso? Quando a sociedade esta anome, viriam os problemas sociais e pelos problemas sociais, Durkheim nos mostra que o indivíduo poderá chegar ao suicídio, mas por meio deste eu busco outra consequencia, e esta seria o medo.
George Duby, nos mostra que do ano mil ao ano dois mil, a mentalidade do povo era a mentalidade caótica do medo, da miséria, de sair e não saber se ia-se voltar, e isso se deu justamente pelo caos em que se estava, o feudalismo só dava proteção (em partes) para os que estivessem em algum feudo, ou para o topo da pirâmide, clero e nobreza com resquicios de realeza. Assim então os fatos sociais que vigiam no feudalismo por muito causavam esse medo no povo.
Então, é aqui que ponho uma questão: Os desvios de mentalidade influênciam os fatos socias, ou os fatos sociais influênciam a mentalidade, por meio do medo?
(...)

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