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domingo, 29 de novembro de 2009

Dejavú

Tudo começa com duas crianças correndo, uma é igual a mim, e a outra é que nem você... Hilário, eu nem sei que você é, hilário, você nem existe... De repente aquela que é igual a você se torna uma interrogação e some, ela não existe, você não existe... Idiota! Se você não existe o outro também não existe, e agora é um campo vazio e só as folhas voam com o vento, se você não existe, eu não existo também...
Depois são crianças brincando de roda, outra no balanço e duas na gangorra, lá da roda duas sorriem e acenam, e são dois “velhinhos” sentados no banco, agente ri de vota, se olha e sorri de novo, e de repente tudo virou eu olhando pro nada, e uma lagrima cai numa velha folha jogada no chão, e nem mais o vento sopra, e nem mais a folha quer viver.
Agora são quatro em frente à TV, tem dois dançando nela e muitos e muitos sorrindo, e do nada todos choram, e só resta eu na chuva falando sozinho, alguém me chama, mas esta noite eu vou dormir a sua frente, e você nem existe, e eu nem sei quem sou...
Todos gritam, e uma única luz vem de uma vela, e o bolo mal da para todos, eles sorriem de uma felicidade passageira, eles riem da felicidade alheia e eu penso – esse é o ser humano – e sozinho em uma cadeira eu vejo a vela se apagar, e ela se apaga e nem meus olhos brilham, e a lua nova não se vê, hei de dormir...
Agora ele esta de mal jeito numa cama, sem conseguir dormir. Caneta, papel e pensamento; estudar? Bobeira? Alento... Ela? Esta aqui do lado, esta longe demais, ele vai vê-la hoje, e ela nem existe, esta só na minha mente e ele nem existe, esta na mente dela, é criação da sua mente e a mente da sua criação, ri, grita e chora, e é apenas um dejavú, é só mais um facada no coração...
23/11/2009
01:55/ 02:17

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