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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ensaio: Uma interpretação sobre a Bíblia. Parte 1

Bem, para continuar meus estudos sobre fato e fenomenologia religiosa vou traçar aqui algumas interpretações minha sobre passagens Bíblicas, algumas coisas que fazem certo sentido para alguns, fazem outro sentido para mim.
Adão e Eva

Não vou me ater à uma história que todos conhecem. Mas a Bíblia é um livro de parábolas, analogias, metáforas e etc. Adão e Eva não foram criados nos moldes românticos que nos contam, ou aparecem em filmes, tirinhas e quadrinhos. Adão e Eva são sujeitos de um crônica, onde o intuito desta é mostrar que homem é mulher são os seres e agentes históricos do mundo. O ser humano é o ser que altera a natureza para si, e isso Karl Marx vai mostrar adiante em suas obras, a transformação do mundo e do homem.
O ser humano é o ser que determina o mundo, mas que é determinado por ele a priori, numa relação dialética, e quando digo que ele determina o mundo, isso inclui fauna, flora e etc, tudo mesmo.
Então esqueçam um casal coberto por folhinhas e ainda inocentes, esse casal representa o ser humano de modo geral.
A serpente, poderia ser um Urso, um Cavalo, um Ornitorrinco, ou mesmo um Avestruz que tentou Eva à maldade, alguém tinha que o fazer. Isso não passa de mais um detalhe para mostrar que da mesma forma que existe o bem, existe o mal, ou seja para tudo existe um oposto.
Agora a metáfora mais interessante é a da maçã, da mesma forma que a serpente, poderia ter sido até um tucumã. Os escritos dizem que existiam duas árvores, a árvore da vida e a do conhecimento. Fazendo uma remissão à minha ideia já posta em outro post, sistematizando minha própria crença, ao comer do fruto do conhecimento o ser humano embebedou-se neste de forma a esquecer do fruto da vida, que esta quase esquecido, ou seja o ser humano da crédito demais à ciência e deixa a religião de lado, quando ambas precisam andar juntas, para não estarem cegas ou mancas, o ser humano perdeu sua própria essência, sua noção de existência hoje é totalmente distorcida.
Tudo isso é uma metáfora que precisa de interpretação cautelosa, as duas árvores são ciência e religião caminho para a transcendência da relação corpo/alma/espírito.

A Arca de Noé

Bem, nada de se ater aos atores, pois são detalhes: A questão é, qual a metáfora do Dilúvio?
Juntar um par de todos os animais em uma arca? Os tamanduás iam morrer de fome, e lá se iam os pares de formigas e assim por diante.
O cachorro é util como animal de estimação, e já foi mais, bem como o cavalo e tantos outros. Juntas todos os animais quer dizer que dependemos um do outro, e cada um tem seu papel no sistema, é sábido que se sumissem todos os urubus, coelhos, formigas ou baratas, cada um desses traria um desequilíbrio ecológico, pois existe a necessidade da ação conjunta de cada um.
E se ocorre um desastre?? É aí que entra o dilúvio, ou poderia ser uma seca, uma glaciação, furacões, tornados, tudo é parte de um desequilíbrio ecológico e ambiental que tem fundamentos nessa degradação do meio ambiente, são todos corretivos naturais seja lá qual for a catástrofe, a ideia é juntar os animais pois todos interdependem  entre si e não ir de contra a fúria da natureza.

Um comentário:

  1. interessante heldinho. e o interessante que tem pessoas que tomam por fatos os eventos narrados em gênesis. e que juram de pés juntos que a terra tem menos de cinco mil anos. tua interpretação das alegorias está muito boa. gostei mesmo. parabens.

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