Páginas

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Uma reflexão sobre religiões

Me parece interessante a forma como o que é comum ou cotidiano é coisificado, e pela sua própria dinâmica de frequência seu significado é esquecido ou deixado de lado pelo simples fato do ato de fazer esse ato comum.
É dito que direito é feito pelo fato. E de fato qualquer coisa repetida várias vezes perde a ordem de sentido em detrimento do pragmatismo, da ação. Essa é uma observação que acabo de ter que se mostra interessantemente ligada ao estudo das religiões ou qualquer doutrina, pois a significação das tradições propostas por estas vão coisificando-se paralelo ao simples pragmatismo da ação.
Isso tem ocorrido principalmente com a religião cristão católica romana, pois, esta tem maior expressão e mídiatização global. É como se ela tivesse um prazo de validade que condiz com sua expansividade demográfica junto ao tempo de ação espiritual e temporal sobre seu determinado grupo, ou seja, por ser a religião mais expressiva e comumente discutida seus significados foram deixados de lado, esquecidos, e as tradições mais simples ou complexas apenas deixadas de lado pela público, talvez até por falta de maior dinamicidade no ato destas, onde tais significados ficaram apenas com os padres, bispos e demais eclesiástas, pois estes são os guardas desses significados.
Isso traz à tona outra reflexão: Se os significados são deixados de lado, cada vez mais a própria religião é deixada de lado, e pela necessidade de conhecimento e afirmação humana, o público vai em busca de uma nova crença que faça sentido, um significado novo e ainda não em estado de entropia, assim dando ênfase à novas religiões. Esse processo se deu com as religiões politeístas( principalmente grega, romana e egípcia), para o catolicismo cristão - é claro que existem também outros inúmeros fatores políticos que influenciaram essa transição, mas o qual não é meu objetivo me ater agora -, do catolicismo cristão para o protestantismo de Calvino e Lutero, que hoje por um lado crescem bastante com novos adeptos, mas que por outro os antigos adeptos estão em em exôdo bem grande para - isso em termos de Brasil - as religiões espíritas, com grande ênfase na religião que mais cresceu nas ultimas três décadas, o espiritismo kardecista, e a umbanda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário