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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Amazônidas

Brilha a lua sob o prateado
Das motosseras jogadas
Ao bagaço das árvores.

É belo o sol,
Mas dói nas costas do canoeiro,
Que depois tira castanha, andiróba
E muito mais...

Corre o rio-mar
Imenso e galante,
Mas ninguém pensa
Na imensidão de remadas
Braço à braço,
lua à lua...

Dorme a floresta e a calmaria,
Mas dentro da selva
Està acordando o pescador,
Levantando a lavadeira,
E não conhece o amanhã...

17:20
17:26
02/06/2011

Intercom Norte 2011

Ainda nos falta muito, muiiiiiiiiiiiiiito para termos o mínimo status de boa universidade do Norte, não é nem do Brasil, é do Norte.
Estamos longe dos outros estados em pesquisa, ensino e extensão. Esmagados pelas outras delegações aqui no Intercom. Mas, espero que os que vão apresentar sejam classificados, boa borte Sue, Renata e eu é claro, nos vemos no nacional.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Gypsy Lament - Inkubus Sukkubus


Gypsy Lament - Inkubus Sukkubus
Sleep well, my Love
Sleep while the night sky weaves her spell
Sleep without pain
Sleep though I yearn to have you near me
The flames of all you were
Have vanished in the ground
Sweet scented rosemary is scattered all around
Wait just a while
For in no time we'll meet again
Though you were gone
Before we wed
I give blood to you earth, now take it to his own
No fire or water deep
Shall keep this bride from him
He left me while
The seas were wild against the shore
What foolish thief
Would dare defy the hand of fate?
I love you now as I'll never love again
The rocks beneath my feet
Have sunken deep
Earth to earth
My love my own shall be
Grow like the willow tree
No sadness bring to me
He the man, and I the woman
My love to me
This shall be 

Gypsy Lament - \"Lamento Cigano\"

Durma bem, meu amor
Durma enquanto o céu noturno lança o feitiço
Durma sem dor
Durma apesar de eu te querer perto de mim

As chamas de todos vocês
Dissiparam-se pelo chão
O alecrim de cheiro doce está espalhado por todo o lado

Espere só um pouco
Pois em pouco tempo nos encontraremos novamente
Apesar de tu teres partido
Antes de nos casarmos

Eu te dei sangue Terra, não leve isto a ele
Nem fogo ou águas profundos
Separarão esta noiva dele

Ele me deixou enquanto
Os mares estavam selvagens contra a costa
Que ladrão tolo
Ousaria desafiar a mão do destino?

Eu te amo agora como nunca amarei novamente
As rochas debaixo dos meus pés
Diminuiram muito

De terra a terra
Meu amor será meu
Cresça como o Salgueiro
Nenhuma tristeza traga para mim

Ele o homem, e eu a mulher
Meu amor para mim
Assim será

Lembranças

Lembranças antigas
Trazem antigas lembranças.
Sonhos recentes
Lembram passados não ultrapassados.
Os sons de sempre remetem as mesmas lembranças 
Que nunca existiram...
Palavras e versos retornam dejavús eternos
Onde sempre há lembranças enganosas e
Enganação de lembranças.
Todo o particular é tão universal,
Todo o singular é tão comum, presente...
Toda alegra é tão ausente...
demente...
03:19
03:24
27/05/2011

Expurga

Palavras tentam sair pele
Como uma música em tons menores,
De dores maiores
Que a angustia revele...

Algo quer ser ser expurgardo
E quer manter vivo aqui dentro,
Quer sair por aí dançando,
Mas alimentando-me no centro

Desse algo qualquer
Que de noite assombra
E canta lindamente..

Trazendo fantasmas musicais,
Levando sobras teatrais
Deixando os restos viscerais...

03:09
03:18
27/05/2011

Tristitia

Tristeza...desalento à toa
Nas altas em que dorme o sol
E vela-o a lua.

Abaixo e longe
Vai a mente esquizofrênica,
Dos olhos escuros e fundos
Da cênica diária
De karmas profundos.

Sob milhões de olhos
Vermelhos e azuis
Que dormem ao avesso do sol,
Que também o são, mas d'outro lado...

Tristitina o (ex)pécado
Da reflexão,
Flexão do pensamento,
Confusão do tal alento
Frágil como o vento
E sutil como sentimento...

As águas vão no ouvido
Que misturam as letras dos olhos
Disfarçando e cantando a mesma canção,
Doce, porém linda contradição
Essa tentativa de ilusão
De ir e voltar dentro e fora
Mas, no final em vão,
Sempre na contramão...

Fugir pelo caminho de volta,
Dançando na própria tristeza,
Ahhh que dureza...
Incerteza? Firmeza??
Frieza?
02:35
02:44
27/05/2011

terça-feira, 15 de março de 2011

Capitulo I - O funcionalismo e a comunicação: considerações preliminares

A proposta desse capitulo é situar o inicio dos estudos sociais, e mais tarde o da comunicação e o jornalismo mediante o paradigma funcionalista pelo seu criador, Emilie Durkheim. O grande problema nessa linha teórica é que o funcionalismo vem do positivismo, que é a linha teórica que tentou aproximar os estudos sociais aos estudos exatos, Comte (criador do Positivismo) queria que as ciências sociais fossem estudadas da mesma forma que a física, e Durkheim, da mesma forma que a biologia, é quando Adelmo cita Spencer.
Em síntese, o funcionalismo diz o seguinte: Da mesma forma que nosso corpo funciona a partir da relação de nossos orgãos, onde cada um funciona em função do outro, a realidade social vem funcionar da mesma forma. É como se nosso cérebro fosse o estado, o coração a igreja, os rins a familia, e assim por diante. Cada um precisa do outro e se há algum problema, uma doença, todos são afetados, dessa precisando então voltar-se ao estado antigo de saúde, ou seja, se o ocorre uma mudança que cause problema, é necessário fazer voltar ao antigo estado, fazendo uma (GENRO FILHO, p .13)"reprodução e uma estabilidade do sistema social".
Os estudos sobre a comunicação se dão em meados da primeira guerra mundial. A comunicação é vista como um dos orgãos da sociedade, e servem para mantê-la saudável e fazendo com que o sistema capitalista seja reproduzido. O corpo é o capitalismo e a comunicação é uma parte que ajuda este a se manter.
No Brasil, José Marques de Melo escreveu sua tese de doutoramento, intitulada sociologia da imprensa brasileira. Este um livro essencialmente funcionalista, pois busca entender porque a imprensa no Brasil atrasou, pois havia necessidade de desenvolve-la para que a sociedade vigente também fosse mantida, a imprensa no Brasil colonial era uma aparelho da corôa, na página 14 são citadas algumas necessidades as quais a imprensa veio ajudar a resolver.
A globalização e a necessidade cada vez maior de informação de espaços cada vez mais longínquos em menor tempo fez aparecer a indústria da informação. Ora, se estamos falando do período de ascensão do capitalismo e de indústria, logo o jornalismo nasce com a ideologia burguesa, ele nasce nesse meio como um produto, pois é necessário e se assim o é, logo, é fonte de lucro.
Assim como os fenômenos imediatos que povoam o cotidiano, os acontecimentos precisam ser percebidos como processos incompletos que se articulam e se superpõem para que possamos manter uma determinada "abertura de sentido" em relação a sua significação. (GENRO FILHO, p.15)
É assim que o jornalismo deve ser visto, e mesmo que necessariamente haja um carga ideológica e subjetiva sobre a produção da noticia, é possível fazer um jornalismo ético, comprometido e mais ainda polifônico.

Enfim, à medida que o funcionalismo "consiste na determinação da correspondência existente entre um fato considerado e as necessidades gerais do organismo social em que está inserido"11 , não permite notar a autonomia relativa do fenômeno jornalístico e suas perspectivas históricas mais amplas. Ficam obscurecidas as contradições: sua inclusão na luta de classes e os limites e possibilidades que daí decorrem. (GENRO FILHO, p.17)
Dessa forma o funcionalismo põe o jornalismo como ferramenta para manter a sociedade como esta, e sabemos que o jornalismo é um modalidade de conhecimento que esta nos meandros não da manteneção social, mas da mudança, da crítica, da informação social e militante que busca conscientizar o seu público.