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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Assisti Mad Max: Estrada da Fúria

Vou iniciar no meu blog algumas análises de filmes que venho assistindo ou mesmo que já assisti. Farei duas críticas em posts separados: uma crítica técnica (jornalismo cultural); e outra da análise científica (sobre questões mais universais).
Eu sei...já faz muiiiito tempo que o filme foi lançado. Porém, eu ando beeem ocupado com as coisas do mestrado e mal tenho conseguido ver meus filmes.
Semana passada eu tive um tempinho tendo em vista que fiz uma viagem (e tinha companhia, odeio ver filme sozinho). Além do mais, gosto de ouvir as críticas de quem não é da área pra ter uma noção de público.
Então, assisti Mad Max: Estrada da Fúria, dirigido por George Miller com atuação de Tom Hardy, Charlize Theron e Nicholas Hoult.
Vou dar o resumo na lata. O filme é legal. Sim, só isso. Bem. Eu não faço crítica como fãboy e nem análise subjetiva.
O que isso significa: Avalio pontos técnicos quanto a qualidade e pertinência, o que normalmente me aproxima da crítica especializada. Eu gostei do filme. A direção de arte e de fotografia são ótimas. Os detalhes de figurino e de cenário são minimamente trabalhados e com qualidade. Maquiagem belíssima. Gostei da trilha sonora também, ela contagia, segue e ao mesmo tempo guia o ritmo do filme.
Até aí tudo bem, notas altas. Mas onde foi parar o roteiro? Parece que o filme foi feito pra crianças grandes, pois é recheado de cores e movimentos, mas ele não tem um argumento, um drama, um acontecimento, um desenrolar que dê sentido a narrativa.
Isso sem contar os flashs confusos e sem explicação que sugerem acontecimentos passados, que mesmo assim não fariam falta na história do filme.
O que compensa são alguns detalhes: Você compreende de fato aquele mudo pós-apocalíptico com a direção de um ditador meio militar e meio religioso; A forma de controle e as concepções dos personagens; O filme é recheado de ritos e simbolismos de uma sociedade bem específica.
Me parece George Miller, diretor do filme, fez um investimento ousado e errôneo. Talvez ele tenha partido do pressuposto de que nós assistimos e lembramos dos outros filmes Mad Max (1979, 1981, 1985), nos quais ele foi diretor, roteirista e produtor.
Ainda que lembrássemos dos filmes, esse novo produto não se portou como uma continuação dos anteriores, como um Mad Max 2 ou 3. Não se apresentou no marketing como uma continuação.
As atuações são boas. O meu destaque é para o ator Nicholas Hoult (Nux) que além de uma belíssima e convincente atuação, interpreta um personagem que tem um ótimo enredo de transformação e sacrifício. É meu personagem preferido no filme.
Por fim, quero deixar a descrição da Revista Forbes sobre o filme: "uma obra-prima do cinema de ação". Concordo plenamente. Mas, muita ação e pouca história empobrece a narrativa.

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