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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Disciplina é liberdade? PARTE 2

Vários teóricos de várias épocas discorreram sobre a liberdade. Vou apresentar algumas interpretações de autores sobre a liberdade para fundamentar este ensaio.
Se partirmos de Nietzsche, veremos que segundo ele a liberdade que temos é moldada pelo paradigma religioso que nos é imposto por meio da educação. Os valores morais são uma forma de coerção social que nos moldam para os ideais desta de forma a vetar nossa liberdade.
O poder espiritual das religiões veta nossa liberdade com o intuito de aumentar seu poder temporal criando a ilusão da liberdade de forma que aceitemos sem mesmo perceber, somos adestrados desde cedo a aceitar sem contestar.
Foucault é claro quando diz que temos uma liberdade assistida. Tudo que fazemos é vigiado, tudo que fazemos é punido pela sociedade e pelos órgãos representantes destas. Somos cercados por todo tipo de aparelho que nos vigia, somos átomos entre outros átomos, onde cada um destes esta vigiando todos e todos vigiam um individualmente ou por meio das instituições. O estado tem esse poder e esse papel, e a nossa legislação tem o intuito.
De certa forma, Althusser trata deste tema de forma semelhante à Foucault quando fala dos aparelhos ideológicos e dos aparelhos repressores, de forma que no intuito de aplicar a ideologia, a repressão é uma boa arma, e esta veta nossa liberdade diretamente ou por meio ideológico.
Em fim, mas não menos importante Sartre diz que a liberdade parte realmente de nós mesmos. Somos livres para fazer toda e qualquer ação que esteja ao nosso alcance, porém, cada ação tem em contrapartida uma conseqüência.
De certo modo Sartre nos mostra que autodisciplina é o caminho para a liberdade, pois onde cada ação tem sua reação, a autodisciplina vem fazer com que controlemos essa ação e dessa forma também a reação. Assim, a emancipação antes dita faz com que tenhamos esse controle e dessa forma alcancemos a liberdade.

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