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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Caos Sensitivo


Eu fecho os olhos e vejo seu sangue descendo, assustado, eu tapo meus ouvidos e ouço gritos de medo, o grito do amor.
Eu caio com medo e sinto o cheiro do pavor, sinto o cheiro do amor. Eu adormeço e sinto sua pele dilacerada, sinto-a ensangüentada e por ela vejo sua alma dilacerada.
Eu saio correndo, e seja pra onde eu corra, seja pra onde eu morra você esta na minha frente. E mesmo que eu tropece você estará adiante, sempre à frente.
Eu fico parado, e no meu ouvido você sussurra, você grita nele e me convida, aperta minha mão e guia.
Eu abro os olhos, e a chuva cai sobre minha face, e o sangue dos olhos dilui. As lagrimas limpam o chão. Cai um raio, parece um sorriso rasgando o céu, e a fúria da natureza é apenas você me pedindo pra ir. Amanhece e o sol queima-me o corpo, e você foi embora, e parou de cantar, foi-se a bailarina, o vento, vou embora, pego papel e caneta e rio, e vou esquecer, vou brincar de rimar. 
19:18 – 19:30
07/04/10

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